Projeto

Projeto

Esse projeto surgiu do nosso desejo de compartilhar e trocar conhecimento sobre Bioinformática e Biologia Computacional com pessoas de diversas formações e das diversas regiões do país.

Segundo o National Center for Biotechnology Information, um dos mais conceituados centros de pesquisa na área no mundo:

 National Center for Biotechnology Information

National Center for Biotechnology Information

Com base nessas definições que são bastante difundidas, a bioinformática seria meramente a aplicação de técnicas computacionais consolidadas para projeto e operação de bancos de dados biológicos, enquanto a biologia computacional se apresenta como uma área de pesquisa que visa a aplicação de conhecimentos em computação e outras áreas na resolução de problemas biológicos em aberto, sendo uma área muito mais nobre e estratégica. Contudo, é importante destacar que, no Brasil e em grande parte do mundo, esses dois termos são usados de forma intercambiável denotando o mesmo significado.

O objetivo principal desse projeto é motivar os bioinformatas sobre como a computação pode contribuir significativamente não só na organização e armazenamento dos dados biológicos, como também a resolver problemas em aberto nas ciências biológicas através do uso ou desenvolvimento de modelos, algoritmos e ferramentas computacionais. Além disso, devido à complexidade da grande maioria do problemas em bioinformática, essa área traz interessantes demandas para os cientistas da computação que são, muitas vezes, instigados a desenvolverem modelos e algoritmos inovadores.

Por ser uma área interdisciplinar, há diversas peculiaridades e dificuldades que um estudante interessado em ingressar na área precisa sobrepor. Acreditamos que a primeira e mais importante delas seja selecionar o conteúdo que precisa aprender, segundo a sua área de formação, priorizando os conhecimentos que precisa adquirir para desenvolver primeiramente as competências mais importantes para obter sucesso na sua empreitada de cruzar as fronteiras da sua área. Tenho convicção de que estes estudantes precisam receber uma formação base em áreas complementares à de sua formação. Para que seja bem sucedida, essa formação deve ser preparada especialmente para estudantes com determinada formação. Em uma fase posterior, após terem adquirido os fundamentos da sua área complementar, esses estudantes devem cursar tópicos mais avançados nos quais irão interagir com estudantes de diversas áreas de formação. Em resumo, em um primeiro momento, o estudante deve buscar adquirir fundamentos de áreas complementares, conquistando um vocabulário interdisciplinar e, no segundo momento, deve ser buscar interagir com pessoas de outras áreas para, em conjunto, discutir e resolver problemas significativos da área de bioinformática. Essa troca é essencial mas é preciso uma preparação mesmo que breve para que essa interação seja mais efetiva.

Infelizmente, há ainda no país poucos cursos de pós-graduação em bioinformática e biologia computacional e eles se restringem a poucas regiões do país. Com a difusão das metodologias de ensino à distância e as tecnologias das mídias sociais, acreditamos que essa lacuna possa ser sobreposta através da criação de portais e / ou canais que ofereçam conteúdo de qualidade na área e permitam e incentivem a interação entre pessoas mesmo que remotamente.

Foi assim que surgiu a ideia de iniciar um projeto como esse. Seu objetivo é apresentar conteúdo relevante no apoio aos estudantes e interessados em se desenvolver em bioinformática usando técnicas computacionais de forma efetiva na análise e compreensão de dados biológicos.

Assim, sinta-se a vontade para nos contactar, tirar dúvidas e fazer sugestões de temas a serem tratados em cursos e nas mídias sociais desse projeto. Conte-nos mais sobre seu perfil, sobre seus interesses e curiosidades. Escreva para raquelcm@dcc.ufmg.br e não deixe de se cadastrar em nossa lista de correspondências (no topo e no fim da página) para receber atualizações e novidades de seu interesse.

Raquel Minardi

@raquelminardi


Professora do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais. É doutora em Bioinformática (UFMG, 2008) e Bacharel em Ciência da Computação (UFMG, 2004). Fez seu pós-doutorado no Comissariat à l'Énergie Atomique et aux Énergies Alternatives (CEA) / Genoscope (França, 2008-2009). Tem atuado na formação de alunos e lecionado na pós-graduação em Bioinformática há mais de 8 anos.